De acordo com o levantamento, em que 65% dos entrevistados disseram apoiar a economia energética, enquanto 60% declararam-se favoráveis ao racionamento da água, a população em geral demonstrou estar ciente das atuais dificuldades enfrentadas na região. Segundo o Datafolha, embora o nível de adesão às medidas restritivas adotadas pelo governo para lidar com os problemas seja maior entre os moradores mais escolarizados, essas medidas têm o apoio da maioria em todas as faixas de escolaridade, idade e renda.
Para 37% dos participantes, os problemas com a água no estado são de responsabilidade do governo estadual, enquanto 22% acreditam que "todos" são responsáveis, 20% atribuem a questão à população, e 9%, ao governo federal.
Recentemente, o governador Geraldo Alckmin admitiu a possibilidade de implantar um rodízio com alguns dias com água e outros sem nas áreas abastecidas pelo sistema Cantareira, que atende a 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo. No último domingo, o sistema operava com 5,7% da sua capacidade, apesar da quinta alta no volume de água em uma semana.
No caso da energia, os principais reservatórios do país, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, atingiram no mês passado os piores níveis históricos para o período chuvoso, também chamando a atenção das autoridades para a possível necessidade de racionamento.
A pesquisa do Datafolha em São Paulo foi realizada entre os dias 3 e 5 deste mês com 1.231 habitantes de nove municípios da região metropolitana. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.