"Decidimos procurar canais de diálogo e comunicação com o governo dos Estados Unidos que favoreçam o diálogo direto entre os dois países, no quadro do respeito pelos Estados e do princípio da não intervenção", disse o chanceler equatoriano em Montevidéu, na saída de uma reunião convocada a pedido de Caracas para analisar a situação venezuelana e o alcance das medidas anunciadas.
"[É preciso] desenvolver o diálogo e atuar de maneira imediata, depois que se tomaram medidas. É muito importante que a reação seja imediata, que favoreça a paz, a concórdia e o diálogo", acrescentou.
Patiño integrará a comissão de diálogo da Unasul, que será constituída também pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Delcy Rodríguez, do Brasil, Mauro Vieira, e pelo secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper.
No dia 2 de fevereiro, os Estados Unidos anunciaram novas sanções, com suspensão de vistos, a antigos e atuais funcionários do governo venezuelano, alegando que eles seriam responsáveis por violações dos direitos humanos no país latino-americano. Washington acusa Caracas de tentar "sufocar a dissidência", reprimindo manifestantes que protestam contra a deterioração da situação política, econômica e de segurança na Venezuela. Em julho, a Casa Branca já havia imposto restrições na concessão de vistos a 24 dirigentes do país.
A Venezuela, por sua vez, acusa os Estados Unidos de ingerência em seus assuntos internos e de promover ações para desestabilizar o governo chavista do presidente Maduro.