O plano de trabalho conjunto vai conter metas e princípios comuns em temas como mortalidade materna, aids e doenças sexualmente transmissíveis, além de migração rural-urbana e urbanização, envelhecimento e diferenças de gênero no mercado de trabalho.
"O objetivo é traçar as principais prioridades. No caso dessa reunião, no âmbito dos cinco países, que são ricos em população, os principais elementos da agenda passam pelo envelhecimento do povo, que é uma tendência mundial, a migração rural-urbana, que já não ocorre tanto no Brasil, mas ocorre na Índia e na China, a questão das doenças sexualmente transmissíveis e da mortalidade materna”, disse o ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos Marcelo Neri, que participou da abertura do 2º Seminário de Funcionários e Peritos em Questões Populacionais do BRICS.
Para o chefe da Divisão de Temas Sociais do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Cuenca, o fato de os cinco países que compõem o BRICS, por suas dimensões e importância no contexto internacional, se reunirem para tratar de população e desenvolvimento mostra a relevância desses temas. “A mensagem que passamos é que a temática de população e desenvolvimento é importante e precisa se tratada”. Os cinco países do grupo representam cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos pelos países) mundial e abrigam aproximadamente 2,9 bilhões de habitantes.
A reunião de ministros dos cinco países e o seminário de peritos em questões populacionais são resultado do plano de ação aprovado na 6ª Cúpula do BRICS, em julho de 2014, em Fortaleza, e do 1º Seminário de Peritos da Área, em março do ano passado, na África do Sul.