Para Fabiano Mielniczuk, o cessar-fogo é fundamental para avançar nas negociações em relação ao que vai ser feito das regiões de Donetsk e Lugansk, no Leste da Ucrânia, e de como vão ser tratadas as pessoas que se envolveram nos conflitos que se iniciaram em 2014. “Qualquer negociação começa com um cessar-fogo, para que haja tempo de respirar tanto de um lado quanto do outro, e para que os monitores internacionais possam fiscalizar a implementação do cessar-fogo e também dos acordos que estão sendo negociados.”
Agora, os europeus e os ocidentais, na visão do especialista em Relações Internacionais, não estão mais tão disponíveis para investir recursos na Ucrânia, que tem gastado dinheiro com uma campanha prolongada contra os rebeldes no Leste do país, além da alternativa que estava se cogitando de os EUA autorizarem o envio de armas letais para os ucranianos lutarem e terminar com o conflito à força. “Nesse momento acendeu um alerta amarelo entre os diplomatas europeus, que, com medo que uma reprise do cenário da guerra civil da Síria acontecesse também na Europa, decidiram tomar a frente das negociações e, junto com o presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, continuaram as negociações que deram origem ao cessar-fogo.”