Empresas internacionais de petróleo seguirão trabalhando na Rússia apesar das sanções

© REUTERS / Sergei KarpukhinCampo de petróleo da Bashneft em Nikolo-Berezovka, Bashkortostan, Janeiro de 2015
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Representantes das empresas que participaram da conferência internacional sobre o desenvolvimento dos setores de processamento de petróleo e petroquímico na Rússia e CEI, realizada em Dubai, disseram querer continuar a trabalhar na Rússia.

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Empresas internacionais de petróleo querem continuar seus negócios na Rússia, apesar das eventuais dificuldades em função das sanções da UE e dos EUA. Os representantes das empresas que participaram da conferência internacional sobre o desenvolvimento do setor de refino de petróleo e da petroquímica na Rússia e na CEI (Russia and CIS Oil&Gas Executive Summit), realizada em Dubai nos dias 19 e 20 de fevereiro, revelaram à agência Sputnik as perspectivas do setor e falaram das sanções.

“Não pretendemos desistir da Rússia, apesar das sanções e procedimentos especiais que agora temos de seguir. Toda vez que surge uma área em potencial para cooperação, recorremos ao nosso departamento jurídico”, disse Damon Hill, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da empresa de consultoria e engenharia britânica Amec Foster Wheeler. Segundo ele, nos últimos anos as empresas russas começaram a investir mais em refino de petróleo e alcançaram grande sucesso na realização dos seus projetos.

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"A estratégia para refino de petróleo das grandes companhias russas melhorou muito nos últimos 5 anos. Infelizmente, as sanções provocaram um certo recuo no setor”, concluiu o executivo. 

Suleyman Ozmen, vice-presidente da Shell Global Solutions, braço de consultoria da Shell, concorda com o seu colega britânico.

“A nossa companhia quer continuar a trabalhar na Rússia. Como sou otimista, acredito que a situação deve melhorar. Resta saber se as companhias russas seguirão com os seus projetos ou se a Rússia aumentará a participação das empresas locais. Existem todas as condições para isso no país.”, confidenciou Ozmen.

Já o parceiro da empresa jurídica Morgan Lewis, Jonathan Hines, afirmou que o setor de processamento de petróleo quase não foi afetado pelas sanções. Essa foi uma posição compartilhada pelo presidente da Euro Petroleum Consultants, Colin Chapman. 

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“Eu creio que o setor de refino não sentiu o efeito das sanções, mas isso pode mudar, se elas não forem retiradas nos próximos seis meses. A saída da situação seria reduzir os riscos, ou então passar a comprar equipamentos através dos parceiros asiáticos, como a Índia, por exemplo, ou no mercado interno. A Rússia possui um mercado muito grande e sempre haverá empresas que querem trabalhar lá. Mesmo que não sejam empresas dos EUA eu da Europa, há muitas empresas grandes e com experiência prontas para cooperar com a Rússia”, concluiu ele.

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