O correspondente Nick Paton Walsh observou que em Debaltsevo a milícia atua "como um Estado" e não como um grupo de rebeldes.
Walsh foi testemunha ocular de distribuição de alimentos aos habitantes organizada pelas milícias. Os habitantes não escondem sua raiva em relação às autoridades da Ucrânia.
"Estão aqui muitas pessoas. Eles [autoridades ucranianas] disseram que não há pessoas em Debaltsevo”, diz Zoya, uma residente local. Outro habitante local, Lyudmila, que tinha sobrevivido à Segunda Guerra Mundial, disse que a situação em Debaltsevo é ainda pior que nos tempos da guerra.
Além disso, o correspondente da CNN testemunhou um ataque contra a milícia em Debaltsevo ocupada. "Os bombardeios não terminaram", afirma.
Walsh observa que, considerando os prejuízos sofridos pela cidade, é possível "avaliar com precisão a dureza dos combates" e as grandes baixas sofridas pelos militares ucranianos.
O cessar-fogo declarado anteriormente foi respeitado, de acordo com as partes envolvidas no conflito e os observadores, em toda a linha de demarcação, com exceção da área perto da cidade de Debaltsevo.
Esta é uma cidade da região de Donetsk e um dos maiores entroncamentos ferroviários da Ucrânia, sendo considerada como um ponto estratégico para os militares ucranianos também por estar localizada junto à rodovia M04, que liga as cidades de Donetsk e Lugansk.