De acordo com o jornal, ele age primariamente como "um patriota, mas não como um reformador". Em todas as suas publicações e entrevistas a jornais estrangeiros, Poroshenko colocaria as reformas internas no fim de suas prioridades.
Segundo o Die Welt, a nova liderança política de Kiev não pode satisfazer as expectativas dos ativistas da Praça Maidan. O governo ucraniano se focou quase que exclusivamente no confronto com a Rússia e apela para a ajuda militar do Ocidente, esquecendo completamente as necessidades econômicas do país.
A situação na Ucrânia tem pouco a ver com a Rússia, mas sim com a falta de recursos de sua liderança política, segundo o jornal alemão. "As reformas claramente não são a sua verdadeira paixão [de Poroshenko]", escreve o diário, acrescentando que o líder ucraniano aparentemente espera que o Ocidente entregue uma economia de mercado pronta a funcionar em “sua casa”.
A crise política eclodiu na Ucrânia em novembro de 2013, quando as autoridades do país anunciaram a intenção de suspender o seu processo de integração europeia. Os protestos que começaram em Kiev, apoiados pelo Ocidente, levaram a um golpe de Estado em 22 de fevereiro de 2014, forçando o então presidente Viktor Yanukovych a fugir do país.
Dois meses depois, Kiev lançou uma operação militar contra os independentistas no sudeste do país, que não reconheceram a nova liderança central. Até o momento, o conflito já custou a vida de mais de 5.600 pessoas.