Opinião: se McCain tivesse ficado em casa, muitos ucranianos estariam vivos

© AFP 2023 / Brendan SMIALOWSKIRon Paul
Ron Paul - Sputnik Brasil
Nos siga no
A intervenção mata, declara o político norte-americano Ron Paul, resumindo o ano passado a partir do golpe de Estado em Kiev. Segundo ele, sem a interferência ocidental o Euromaidan na Ucrânia acabaria por si mesmo.

Caso os EUA não tivessem intervindo nos eventos na Ucrânia de há um ano, muitas das vítimas poderiam ter sido evitadas, de acordo com o político norte-americano e ex-congressista Ron Paul.

"E se John McCain tivesse ficado em casa preocupado com seus eleitores no [estado norte-americano de] Arizona? […]E se outros políticos norte-americanos e europeus tivessem feito a mesma coisa? E se Victoria Nuland e o embaixador norte-americano Jeffrey Payette se tivessem concentrados no presente, na verdadeira diplomacia e não na mudança de regime?", pergunta o político.

Crianças gravemente doentes de Donbass chegam a Moscou para tratamento - Sputnik Brasil
Kiev anuncia morte de 65 crianças durante combates em Donbass
Se eles tivessem feito isso, muitos dos que foram mortos no conflito na Ucrânia, estariam ainda vivos, opina Ron Paul.

Ele descreve a sua versão dos acontecimentos na Ucrânia no ano passado. Segundo ele, sem a interferência estrangeira os protestos causados ​​pela decisão do legitimamente eleito Presidente Viktor Yanukovich em adiar a assinatura do acordo de associação com a União Europeia acabariam por si mesmos, não tendo degenerado em uma guerra civil aberta. Teria sido apenas um capítulo na história da Ucrânia pós-soviética, "um país profundamente dividido", disse Ron Paul.

Mas, nos finais de 2013, um fluxo constante de políticos norte-americanos e europeus se apressou para Kiev com objetivo de apoiar os manifestantes que pediam a derrubada do governo ucraniano. Em particular, várias dessas visitas foram feitas por John McCain, lembra Ron Paul.

Enquanto isso, o embaixador dos EUA em Kiev e a adjunta do secretário de Estado Victoria Nuland estavam trabalhando no desenvolvimento do plano detalhado para o novo governo, após a lei sobre a demissão do governo legitimo ter sido adotada com sua ajuda, refere o antigo congressista, se referindo à conversa telefônica entre os dois funcionários, e que se tornou pública.

Quando o leste da Ucrânia se recusou a reconhecer o novo governo, e realizou um referendo sobre a sua secessão do oeste da Ucrânia, Kiev enviou tanques para fazer Donbass se submeter. Como resultado, mais de cinco mil pessoas foram mortas, muitas das quais eram civis, que foram bombardeadas nas suas próprias cidades pelas tropas que estão sob controle de Kiev, escreveu Ron Paul.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала