A população da Argélia está preocupada com as consequências ecológicas que a implementação de extração do gás de xisto pode trazer ao país. Nesta terça-feira, na capital do país, Argel, teve lugar uma manifestação em solidariedade com as províncias saarianas do país onde já foram realizadas perfurações experimentais pela empresa Sonatrach, com participação estrangeira.
A polícia antimotim argelina reforçou, desde a madrugada, os seus destacamentos no centro da capital, onde as manifestações permanecem proibidas.
Segundo Mohsen Belabès, um dos líderes da oposição que encabeçaram a marcha, a polícia deteve cerca de 50 manifestantes durante o evento. Houve também outros presos, mas não há informações sobre feridos.
No entanto, na cidade de Ain-Salah, que fica nas imediações do local da exploração, manifestações não cessam desde inícios de janeiro. Os habitantes locais exigem o fim das extrações.
O gás de xisto é visto como uma esperança econômica pelas autoridades da Argélia depois da queda do mercado petroleiro. Mas a população das cidades situadas perto das jazidas não apoia o uso deste recurso, principalmente por medo de que explorações intensivas possam prejudicar o meio ambiente.