Mohammad Hossain, de 19 anos, foi acusado por ter convidado uma estudante da sua idade para ir até seu quarto, tirado sua roupa e colocado uma venda em seus olhos. Em seguida, o jovem teria amarrado as mãos da menina e começado a bater nela antes de atacá-la sexualmente.
Entretanto, segundo a advogada de defesa Sandra Bennewitz, tudo teria ocorrido de maneira consensual. De acordo com ela, o rapaz teria uma reputação inquestionável, estando envolvido em vários projetos acadêmicos e servindo como embaixador da associação de alunos da universidade, além de fazer parte do time de triatlo.
Para o juiz Adam Bourgeois Jr, no entanto, tamanha reputação deveria servir para dar mais experiência ao jovem, impedindo que ele se deixasse influenciar por obras cinematográficas. “Sandra, como pode alguém assim deixar um filme persuadi-lo a fazer coisas como essa?”, perguntou o magistrado.
Já a procuradora Sarah Karr advertiu que os dois estudantes teriam tido algum tipo de relação íntima prévia, mas nunca chegaram a namorar. Além disso, Hossain teria ignorado completamente os pedidos da menina para que ele parasse, e continuou agredindo a jovem até que ela finalmente conseguiu se soltar e fugir do quarto. Ao ser interrogado pela polícia, o acusado admitiu a tentativa de estupro e disse que pretendia reencenar algumas partes do polêmico “Cinquenta tons de cinza”, longa que, segundo alguns críticos, glorifica um tipo de relação doentia e abusiva.