Em sua declaração, feita durante evento do Partido Socialista Unido da Venezuela realizado no estado de Yaracuy, a 280 quilômetros da capital, Maduro exortou igualmente ao fim das “sanções”, das “ameaças” e das “agressões” norte-americanas contra o país, dizendo que “acabou o tempo do imperialismo”.
O líder chavista reafirmou que Caracas deseja desenvolver melhores relações com Washington, na base do respeito mútuo, mas disse que é "lamentável que o presidente Barack Obama se deixe levar por maus e falsos assessores, que”, em suas palavras, “o conduziram a um beco sem saída" nas relações com o país latino-americano.
Maduro voltou a acusar os Estados Unidos de apoiar uma conspiração contra o seu governo e pediu "apoio aos presidentes e povos do mundo, para as ações políticas e diplomáticas que a República tenha que tomar para defender a dignidade do país". O presidente venezuelano também disse que não vai "permitir que o governo dos Estados Unidos e a sua embaixada continuem a chamar militares, a comprar jornalistas, formadores de opinião e dirigentes”.
Segundo Maduro, se Obama não se retratar com a Venezuela, será "tristemente" lembrado pelos povos da América Latina, da mesma maneira que o ex-presidente norte-americano George W. Bush.
Em 2 de fevereiro, a Casa Branca anunciou novas sanções a antigos e atuais funcionários do governo venezuelano, que tiveram seus vistos suspensos. Washington alega que eles são responsáveis ou cúmplices por violações dos direitos humanos na Venezuela, acusação afastada por Caracas como um complô para desestabilizar o país.