A informação também foi publicada no Facebook pelo assessor do chefe do Ministério do Interior da Ucrânia, o deputado Anton Geraschenko. Segundo ele, os acordos foram alcançados durante o encontro de Poroshenko com Mohammed Al Nahyan, príncipe herdeiro e comandante supremo das forças armadas de Abu Dhabi, que é ao mesmo tempo a capital e o maior dos 7 emirados que formam o país árabe.
— Петро Порошенко (@poroshenko) 24 февраля 2015
Lamentando não ser possível apresentar os números do acordo através do Facebook, Geraschenko destacou que, “diferente dos europeus e dos norte-americanos, os árabes não têm medo das ameaças de Putin de que o fornecimento de armas e equipamentos militares para a Ucrânia pode provocar o início de uma 3ª guerra mundial”. O deputado ucraniano escreveu ainda que, levando em conta o fato de os Emirados Árabes culparem a Rússia pela queda dos preços de petróleo, o acordo de armas com a Ucrânia “será a pequena vingança dos árabes contra Moscou”.
O tema do acordo foi abordado pela Sputnik com o analista geopolítico Dr. Theodore Karasik, residente em Dubai. Nas suas palavras, “os contornos desse acordo de segurança ainda não estão muito claros, mas existe uma questão que interessa muito aos Emirados e que, obviamente, tem a ver com a Síria”.
Na segunda-feira, o Presidente da Rússia Vladimir Putin criticou as tentativas de políticos ucranianos em exagerar o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, justificando dessa forma a derrota de Kiev no oeste da Ucrânia e culpando Moscou por isso. Em entrevista ao canal de TV russo Rossiya 1, Putin destacou que "ninguém quer um conflito na periferia da Europa, e muito menos um conflito armado".
“Eu acho que esse cenário apocalíptico é pouco possível e espero que isso nunca aconteça”, frisou Putin.