Logo depois da publicação dos vídeos, especialistas dos serviços de inteligência britânicos MI5 e MI6 identificaram o carrasco jihadista. Ele apareceu, mascarado, em agosto de 2014 no vídeo de execução do jornalista norte-americano James Foley e se identifica como membro do Estado Islâsmico, fala inglês com sotaque característico dos habitantes do sul da Inglaterra.
Ele também participou na criação dos vídeos da execução do jornalista norte-americano Steven Sotloff, dos trabalhadores humanitários britânicos David Haines e Alan Henning, e o voluntário norte-americano Abdul-Rahman Kassig, anteriormente conhecido como Peter Kassig.
Mais cedo foi relatado que o suspeito terrorista de 27 anos tinha ligações ao grupo militante da Somália al-Shabaab.
Mohammed Emwazi’s family declined a request for an interview with Washington Post, citing legal advice. http://t.co/fO6gj6apae
— Anup Kaphle (@AnupKaphle) 26 февраля 2015
Apesar das informações divulgadas, as autoridades britânicas não quiseram fazer comentários sobre a identidade do homem.
“Nós não vamos comentar a identidade de ninguém agora, ou divulgar informações sobre o progresso da investigação em curso contra o terrorismo”, declarou Richard Walton, chefe de Comando Contraterrorista da Polícia de Londres.
O jornal britânico The Washington Post, citando antigos amigos de Mohammad Emwazi, foi o primeiro a tornar pública a identidade de Jihadi John.
O jornal revelou que o jihadista nasceu no Kuwait e se mudou para o Reino Unido aos seis anos de idade, cresceu em uma família bem sucedida no leste de Londres, antes de obter a licenciatura em estudos de computação na Universidade de Westminster.
London Home Of Suspected Islamic State Militant Named As Mohammed Emwazi http://t.co/Pzp3zebTPI
— MidEast Newz Stream (@mideastnewznow) 26 февраля 2015
O primeiro embate de Emwazi com as autoridades britânicas terá ocorrido na Tanzânia, em 2009, quando ele teria sido detido pela polícia e mantido durante a noite, depois de chegar ao país para uma viagem de safari.
So '#JihadiJohn' was known to MI5 for years, and yet he's beheading people. Mass surveillance doing well, then pic.twitter.com/SM83F1IUBB
— Joseph Cox (@josephfcox) 26 февраля 2015
O jornal relata que Emwazi voou para Amsterdã depois de lhe ter sido negada a entrada na Tanzânia, onde ele afirmou que um oficial da MI5 britânico o acusou de ter planejado voar para a Somália com o objetivo de se juntar ao grupo militante al-Shabaab.
Logo depois deste incidente, Emwazi se mudou para o Kuwait e acredita-se que trabalhou em uma empresa de informática. No entanto, ao voltar para o Reino Unido em junho de 2010, as autoridades antiterroristas detiveram-no e impediram-no de deixar o país.
Depois de ser detido, julga-se que de alguma forma ele conseguiu deixar o Reino Unido e chegar à Síria em 2013, onde se juntou aos militantes do grupo Estado Islâmico.