O objeto está no centro de um quasar ultraluminoso – o mais brilhante objeto do universo inicial já descoberto –, que emite uma quantidade de energia 1 quatrilhão maior que a do Sol. O estudo foi publicado na revista Nature.
De acordo com o autor principal do artigo, Fuyan Bian, da Universidade Nacional da Austrália, a descoberta desafia as teorias disponíveis sobre como os buracos negros se formaram e cresceram no universo primitivo. Ele afirmou que a formação tão rápida de um buraco negro tão grande é algo difícil de interpretar.
Os quasares são objetos astronômicos extremamente distantes que têm o brilho de uma galáxia com bilhões de estrelas, mas têm dimensões aparentemente pequenas e são formados por material que está em processo de ser "engolido" por um buraco negro. Conforme esse material acelera sua queda em direção ao buraco negro, ele esquenta, emitindo uma quantidade de luz tão extraordinária que afasta o material que cai atrás dele.
Acredita-se que esse processo, conhecido como pressão de radiação, é responsável por limitar o crescimento dos buracos negros. No entanto, conforme afirmou Fuyan Bian, este buraco negro no centro do quasar ganhou uma massa enorme em um período curto de tempo. O trabalho reuniu cientistas de Austrália, China, Chile e Estados Unidos.
Agência Estado