Um colega de seu partido, o RPR-Parnas, Ilya Yashin, confirmou à RIA Novosti que Nemtsov foi morto.
"Infelizmente, estou neste momento olhando para o corpo de Nemtsov na ponte Zamoskvoretskiy", afirmou. "Vejo o corpo e muitos policiais."
O chefe do departamento de polícia de Moscou está na cena do crime.
Segundo Alekseyeva, o político estava caminhando pela ponte Bolshoi Kamenny, acompanhado de uma mulher ucraniana, quando foi atingido pelas costas por quatro disparos letais. “A mulher está sendo interrogada no momento na delegacia da polícia”, informou a representante do ministério.
Boris Nemtsov tinha 55 anos. Ele foi vice-primeiro ministro do governo russo na época do presidente Boris Yeltsin. Na ocasião, o político foi considerado um possível candidato à presidência. Em dezembro de 2007, o seu partido Soyuz Pravykh Sil (União das Forças de Direita) propôs Boris Nemtsov como o candidato para o cargo de Presidente da Rússia nas eleições de março de 2008. Em dezembro de 2007, o rating da sua candidatura à presidência foi inferior a 1%. Em 26 de dezembro, antes do início da campanha eleitoral, Nemtsov retirou a sua candidatura a favor de Mikhail Kasianov.
Desde o início da presidência de Vladimir Putin, Nemtsov se posicionou como um crítico ativo da sua administração.
Desde então, Nemtsov ocupou diversos cargos públicos e foi eleito sucessivas vezes para o parlamento. Desde 2012, ele é co-preside o Partido Republicano da Rússia — Partido da Liberdade Popular (RPR-PARNAS). Desde 2013, foi deputado da Duma da região de Yaroslavl, cidade satélite de Moscou.
O presidente Putin foi informado imediatamente do assassinato de Nemtsov, segundo o secretário de imprensa da presidência Dmitry Peskov. Segundo ele, Putin transmitiu profundas condolências à família e amigos de Nemtsov. O presidente afirmou que esse assassinato cruel apresenta todos os elementos de ser por encomenda e possuiu um caráter de provocação, disse Peskov.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou o assassinato e exigiu a investigação rápida, imparcial e transparente sobre as circunstâncias do crime.
A chancelaria do Reino Unido também condenou o assassinato e disse que irá acompanhar a investigação.
O ministro das Relações Exteriores do Canadá, Rob Nicholson, em sua mensagem no Twitter chamou o assassinato de ultraje.
The murder of Boris Nemtsov is an outrage. Canada continues to monitor the situation closely. #cdnpoli
— Rob Nicholson (@HonRobNicholson) 27 февраля 2015