Boris Nemtsov foi assassinado a tiros no centro de Moscou na noite de sexta-feira. Segundo testemunhas, o político estava caminhando pela ponte Bolshoi Kamenny, acompanhado de uma mulher ucraniana, quando foi atingido pelas costas por quatro disparos letais. Durante todo o dia de sábado muitas pessoas, incluindo políticos, embaixadores, jornalistas e diversas figuras notórias da sociedade russa, levaram flores ao local de assassinato.
Por seu lado, os organizadores afirmaram que o número de manifestantes foi muito superior.
Ilia Yashin, correligionário de Nemtsov e membro do movimento "Solidarnost" ("Solidariedade") indicou que a marcha teve cerca de 50 mil participantes.
Anteriormente estava planejada para hoje, 1º de março, uma marcha da oposição (da qual Nemtsov era um dos organizadores) para protestar contra a crise, a guerra na Ucrânia, a corrupção, exigindo reformas e a descentralização do poder. No entanto, devido à morte trágica de Nemtsov, a oposição se recusou a realizar a marcha e concordou em efetuar um evento fúnebre.
Nemtsov tinha 55 anos. Ele foi vice-primeiro ministro do governo russo na época do presidente Boris Yeltsin, época em que foi considerado um possível candidato à presidência. Em dezembro de 2007, chegou a apresentar candidatura à chefia de Estado da Rússia pelo seu partido Soyuz Pravykh Sil (União das Forças de Direita), mas acabou retirando-a em favor de Mikhail Kasianov.