Uma equipe de astrônomos do projeto ESO (Observatório Europeu do Sul, pela sigla em inglês) chegou à conclusão de que a galáxia A1689-zD1, uma das mais distantes que conhecemos, apresenta sinais de maturidade que a fazem parecer mais velha do que é — até mais velha do que o Universo.
Segundo o artigo publicado na revista Nature, "a galáxia é altamente evoluída: tem uma massa estelar grande e apresenta muita poeira, com a relação entre poeira e gás próxima à da Via Láctea. Galáxias evoluídas, com alto teor de poeira estão portanto presentes entre a população de formação estelar menos brilhante de z>7, apesar do período muito curto de tempo desde o seu surgimento".
A A1689-zD1 foi descoberta em 2008 e era naquela altura a galáxia mais distante estudada por cientistas. Tinha sido formada aproximadamente quando o Universo tinha 700 milhões de anos (agora está com 13,8 bilhões). Aquele período é chamado de "época de reionização".
De acordo com o Mensageiro Sideral, da Folha de São Paulo, o significado deste achado é a constatação de uma velocidade maior do desenvolvimento do Universo do que foi considerado antes.
Atualmente, a galáxia mais distante da Terra que o mundo científico conhece é UDFj-39546284, descoberta em 2011. É cerca de 380 milhões de anos mais nova do que o Universo.