Há uma intervenção visível do Ocidente em vários países, afirmou em entrevista à Sputnik o cronista Mário Russo. A recente morte em Moscou do político opositor Boris Nemtsov parece enquadrar com esta hipótese.
Segundo o especialista, o assassinato de Nemtsov pode ter sido uma ação que faz parte do fomento de ódio político. O doutor Russo explica que o crime ajuda a subir o nível de tensão:
“A estratégia é você fomentar a divergência, a instabilidade política, a utilização dos meios de oposição, que são financiados, treinados, apoiados, e quando a coisa estoura, a alegação é seguinte: ‘É a voz das ruas’. Mas quem é que fez crescer a voz das ruas?”
O jornalista acredita que o crime constitui mais uma “tentativa de isolamento da Rússia”, para criar a imagem negativa do país e provocar um “movimento de insurgência, de instabilidade política”.
Além disso, Mário Russo lembra que a reação dos EUA foi tão rápida que até gera suspeita: “parece que os Estados Unidos tiveram uma nota já pronta”.
A possibilidade de atuação do governo russo no assassinato de Nemtsov é, no entanto, duvidosa: qualquer governo que matasse um opositor em plena situação de isolamento do país “daria tiro no próprio pé”, afirma o cronista.