Os confrontos mais intensos aconteceram no distrito de al-Dour, cidade ao sul de Tikrit, onde soldados iraquianos e milhares de milicianos xiitas, além de um contingente menor de combatentes tribais sunitas, estão lutando para expulsar os extremistas que montaram linhas de defesa com dezenas de barris cheios de explosivos e outros tipos de minas terrestres, segundo informaram integrantes do comando central iraquiano, em condição de anonimato.
As fontes disseram acreditar que os pesados ataques com morteiros realizados por jatos iraquianos produziram danos no fronte jihadista. As tropas que avançam em direção a Tikrit retiraram cerca de 250 famílias das proximidades. Um oficial de segurança com conhecimento da campanha militar disse que dez soldados e combatentes voluntários aliados morreram nos confrontos e que 75 ficaram feridos.
A operação para retomar a cidade é a maior ação do governo iraquiano desde que os militantes islâmicos tomaram o controle de Tikrit, em junho do ano passado. A medida é vista como um importante teste para a capacidade dos militares de trabalhar com as chamadas forças voluntárias na expulsão dos insurgentes em outras partes do país.
Segundo um relatório publicado na segunda-feira (2) pelo Instituto de Estudos da Guerra, "o sucesso de uma operação como esta seria um sinal positivo para a operação de retomada de outras cidades importantes, dentre elas Mosul", a segunda maior cidade do Iraque.
Os Estados Unidos não participam da operação em Tikrit por causa do envolvimento de conselheiros iranianos na missão, mas espera-se que Washington forneça assistência pesada quando forem iniciadas as ações para a recuperação de Mosul.
Autoridades iraquianas em Samara, cidade próxima a Tikrit onde está instalado o centro de comando, disseram que especialistas têm trabalhado para retirar das estradas e campos os explosivos improvisados instalados pelos militantes do Estado Islâmico.
Por meio das redes sociais, o grupo terrorista negou nesta terça-feira que as forças de segurança iraquianas tenham obtido ganhos nos campos de batalha.
Fonte: Estadão Conteúdo