O apelo feito por Libéria, Serra Leoa e Guiné durante uma conferência realizada em Bruxelas deve estar no centro das próximas discussões internacionais sobre o ebola, que serão realizadas entre os dias 16 e 18 de abril, em sessões do Banco Mundial e do FMI, e em junho, em um encontro das Nações Unidas.
“O impacto do ebola sobre nossas economias foi profundo”, declarou a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, acrescentando que a recuperação dos países da África Ocidental exigirá recursos significativos, no modelo de um plano semelhante ao Marshall, lançado pelos Estados Unidos para ajudar na reconstrução da Europa Ocidental após a Segunda Guerra Mundial. “Nós precisamos de um cancelamento das dívidas e de um ‘Plano Marshall’, pois é como se tivéssemos acabado de sair de uma guerra”, completou Alpha Condé, atual chefe de Estado da Guiné.
Dos 5,1 bilhões de dólares prometidos para combater o surto da doença, já foram desembolsados 2,4 bilhões. Segundo Claus Haugaard Sorensen, chefe do serviço europeu de ajuda humanitária Echo, "a UE não se opõe a elevar o apoio, mas antes é necessário pagar o que foi prometido".