Em entrevista à Sputnik Deutschland, o advogado alemão Elmar Giemulla, que defende os interesses dos familiares das vítimas da queda do voo MH17, da Malaysia Airlines, em 17 de julho em Donbass, declarou que as autoridades aéreas europeias bem sabiam do perigo dos céus ucranianos, mas não fizeram nada para o evitar.
Mas o alvo da crítica principal são as autoridades ucranianas, que não fecharam o espaço aéreo após um avião de carga ter sido derrubado na região a 6 mil metros de altura. E 6 mil metros de altura não é muito diferente da altura normal de voo de aviões de passageiros.
O doutor Giemulla refere-se a um relatório do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, que está na sua disponibilidade e que diz o seguinte: "O derrube de um avião de carga a 6 mil metros de altura testemunha uma nova fase do conflito [no Leste da Ucrânia]".
Desinformação
Segundo Giemulla, toda essa história do avião derrubado pronto começou a ser uma arma de combate de "guerra de informações". No entanto, os próprios familiares e próximos dos passageiros mortos não receberam informações verídicas e até às vezes, "além de já ter sido objeto de jogos e intrigas políticas, têm a sensação de serem usados como instrumento de promoção ou ocultamento de diversos interesses políticos".
E esperar que as informações e conclusões que esse documento irá conter sejam informações de verdade e não só palavras para fechar o assunto.
Ação penal
Os familiares das vítimas mortais do voo MH17 entraram com uma ação penal contra as autoridades da Ucrânia e o presidente Pyotr Poroshenko em pessoa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, acusando os réus de "homicídio culposo de 298 pessoas".