Netanyahu diz que ofereceu alternativa prática para o acordo nuclear iraniano

© AP Photo / Cliff OwenBenjamin Netanyahu
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O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira que seu discurso, realizado ontem no Congresso americano, ofereceu uma "alternativa prática" para o possível acordo sobre o programa nuclear iraniano e que, agora, os parlamentares podem entender melhor por que o negócio é tão ruim.

A afirmação de Netanyahu foi feita depois de o presidente Barack Obama dizer que o líder israelense não ofereceu nenhuma alternativa viável para impedir que o Irã siga em seu projeto de obter armas nucleares.

"Não há nada de novo", disse Obama. O presidente dos Estados Unidos afirmou ainda que Netanyahu fez praticamente o mesmo discurso quando alertou sobre o acordo provisório com o Irã. No entanto, este acordo tinha o poder de reverter o programa nuclear, de acordo com as autoridades americanas.

"Eu propus uma alternativa prática que prolonga por anos o tempo que o Irã levaria para fabricar uma arma nuclear e, caso fosse rompido, sanções severas seriam aplicadas", disse o primeiro ministro de Israel.

De acordo com o comunicado escrito por Netanyahu, sua proposta também é que as sanções contra o Irã não sejam levantadas até que Teerã "pare de espalhar terrorismo pelo mundo, de agredir países vizinhos e de ameaçar Israel com destruição".

Para o primeiro ministro israelense, as respostas dos democratas e republicanos foram encorajadoras. "Eu tive a impressão que eles entenderam melhor o porquê deste acordo ser tão ruim e que eu propus a alternativa certa", disse.

O conturbado discurso de Netanyahu aconteceu ontem no Congresso, mesmo com a rejeição da Casa Branca, agravando sua complicada relação com o presidente Barack Obama.

O Ocidente teme que o Irã possa construir uma bomba atômica com o seu programa nuclear. No entanto, o Irã afirma que seu programa é para fins pacíficos, como a produção de energia e pesquisas médicas.

O Irã fez um acordo provisório com Estados Unidos, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha em novembro de 2013. Agora, os países esperam obter uma primeira versão do documento até o final de março e um acordo definitivo até 30 de junho deste ano.

fonte: Estadão Conteudo

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