Os barcos de resgate, dentre eles embarcações da guarda costeira e da Marinha italianas, além de três navios de carga, salvaram 941 pessoas em sete operações separadas iniciadas na terça-feira.
Os sobreviventes eram levados para portos no sul da Itália. Eles estavam a bordo de cinco botes motorizados e cinco navios maiores. Um dos botes maiores emborcou, deixando dez mortos.
Há meses, um grande número de imigrantes, fugindo de conflitos ou da pobreza, têm chegado à Itália quase semanalmente em barcos de traficantes que partem de bases na Líbia.
O ritmo de chegada aumentou em relação a 2014, quando cerca de 170 mil imigrantes e pessoas pedindo asilo foram resgatadas no mar por guarda costeira, Marinha e outras embarcações italianas, além de navios de carga que passaram a fazer serviço humanitário.
Segundo dados do Ministério do Interior, 7.882 imigrantes chegaram à costa da Itália nos primeiros dois meses do ano, ante 5.506 no mesmo período de 2014.
Segundo a guarda costeira, os imigrantes salvos na última operação de resgate disseram ser sírios, palestinos, líbios, tunisianos ou de países da África subsaariana. Mais de 30 crianças estavam entre os resgatados.
Um dos primeiros alertas foi dado por um rebocador que esteve numa plataforma marítima de petróleo. O rebocador também participou das operações de resgate a cerca de 80 quilômetros ao norte da Líbia, informaram membros da guarda costeira.
Há anos a Itália pede ajuda da União Europeia para os resgates, seja com embarcações, aeronaves ou recursos. O país lembra que a maioria das pessoas resgatadas tem como objetivo chegar a locais onde moram parentes ou conseguir empregos, geralmente em outros países europeus.
Neste ano, uma missão de patrulha da UE chamada Triton substituiu a missão aérea e naval italiana Mare Nostrum, que salvou dezenas de milhares de vidas. A Triton, contudo, é mais limitada geograficamente e patrulha apenas as águas de países da UE, enquanto os italianos realizavam missões de resgate na costa da Líbia, onde muitos dos navios, superlotados e sem condições de navegar, afundam.
fonte: Estadão Conteudo