O objetivo do evento é expressar simpatia dos homens pelas mulheres que usam a burca.
Os organizadores da marcha estavam protestando contra todas as formas de violência contra meninas e mulheres. A marcha começou perto do edifício da Comissão dos Direitos Humanos em Cabul.
O membro da organização Sociedade Civil e um dos organizadores da marcha, Zuhal Sarhad Alireza Yasa, disse em entrevista à emissora Sputnik:
“Na vida cotidiana as mulheres afegãs enfrentam muitos problemas. Na verdade, não só aqui, mas em todo o mundo, as mulheres são mais vulneráveis do que os homens. Em alguns lugares, pessoas tentam mudar esta regra, mas exceções apenas a confirmam. Os homens dominam na família e na sociedade, assim acontece.
A maioria dos homens, mesmo os mais educados, pensam que o lugar da mulher é só na cozinha e não permitem que as suas esposas trabalhem.
Todos os nós, homens, devemos experimentar por nos mesmos o que as mulheres sentem quando trabalham em casa, cozinhando, limpando. Se tivéssemos uma capacidade fisiológica, gostaríamos de engravidar e ter experimentado as complexidades de nascimento e educação da criança.
Colocando a burca, queremos expressar a nossa solidariedade com as mulheres que são obrigadas a fazê-lo todos os dias e declarar que esta é mais uma forma de violência contra elas”.
É de notar que a realização de tais ações no Afeganistão tornou-se uma tradição. Os ativistas afegãos que defendem os direitos das mulheres, organizam marchas não só na véspera do Dia Internacional da Mulher, mas também em muitos outros casos. As autoridades permitem-lhes fazer isso, mas não mostram apoio, preferindo assistir da bancada.