Hatoyama foi aconselhado pelo Ministério das Relações Exteriores do Japão a adiar a sua visita, programada para Moscou e Crimeia.
No entanto, o ex-premiê decidiu realizá-la, devendo a visita à Crimeia ter lugar de 10 a 12 de março.
"O Japão não recebeu informações completas sobre o fato (da reintegração). Eu quero saber, pessoalmente, o que os moradores (da península) pensam”, declarou Hatoyama.
Ele também disse que "durante a votação as pessoas expressaram o desejo de ser incluídas (na Rússia)," e que "os sentimentos da população local são os componentes mais importantes da democracia."
A Crimeia e a cidade de Sevastopol tornaram-se entidades da Federação da Rússia em conformidade com os resultados do referendo de março de 2014, em que a maioria dos moradores locais que acudiram às urnas votou a favor da secessão da Ucrânia e da reunificação com a Rússia.
O Japão, bem como a União Europeia e os Estados Unidos, não reconheceu a reintegração da Crimeia na Rússia e apoiou no ano passado a decisão de impor sanções contra a Rússia.
A situação da Crimeia é vista por Moscou como a reintegração de um antigo território russo, expressa pela livre vontade da população da própria península e alcançado através de um referendo realizado como resposta natural aos planos dos ultranacionalistas ucranianos. De acordo com as autoridades russas, a votação respeitou o direito dos povos à autodeterminação, firmado na Carta das Nações Unidas.