O governo cubano divulgou um comunicado na imprensa oficial da ilha mostrando solidariedade a Caracas e classificando a medita norte-americana como “arbitrária e agressiva”. Havana salientou o “caráter intervencionista” da política da Casa Branca. A nota questiona como a Venezuela ameaçaria os EUA sem armas estratégicas e sem recursos para conspirar contra a ordem constitucional daquele país.
A reação cubana é o primeiro confronto público com o governo norte-americano desde que as relações diplomáticas entre Havana e Washigton foram restabelecidas. Cuba se juntou à União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O Ministério das Relações Exteriores do Equador advertiu na segunda-feira (9) que o bloco não permitirá a intervenção estrangeira ou um golpe de Estado na Venezuela.
O ex-líder cubano Fidel Castro também usou a imprensa para felicitar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pela posição “brilhante e valente” contra os EUA. O chefe de Estado venezuelano havia dito a Obama, em discurso de mais de duas horas, que ele "não tem o direito de declarar que a Venezuela é uma ameaça para o povo norte-americano".