De acordo com Mikhail Ulyanov, chefe do departamento da chancelaria russa para o controle de armas, Moscou está disposta a “considerar a possibilidade” e participar de “conversações relevantes” sobre um novo tratado que pudesse responder a “novas realidades”, que não fosse “muito custoso” e que levasse os interesses da Rússia em conta.
Segundo o funcionário, o país, “em princípio”, admite que “o controle sobre as armas na Europa pode ser útil” e não deseja “atuar como coveiro desse regime".
Em 2007, Moscou suspendeu sua participação no Tratado FCE, mas continuou a participar do grupo de consultoria relacionado ao documento, que havia sido assinado pela União Soviética em 1990.
O tratado, que limita cinco categorias de armamentos pesados (blindados, tanques, artilharia de grande calibre, aviões e helicópteros militares) em uma zona que se estende do Atlântico aos montes Urais, é visto como uma pedra angular da segurança europeia no cenário pós-Guerra Fria.
A chamada Comissão Conjunta de consultas para o FCE, com sede em Viena, trata de questões relacionadas ao cumprimento do tratado.
Moscou afirma que a participação da Rússia no grupo já não faz sentido, porque "os países da OTAN preferem ignorar as disposições do Tratado FCE, expandindo a Aliança".