Uma série de protestos contra o governo da presidenta Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores (PT) levou às ruas do Brasil mais de um milhão de pessoas neste domingo.
O maior número de manifestantes foi constatado em São Paulo. Por volta das 16h locais, a Polícia Militar já calculava o número de manifestantes em um milhão. O Metrô informou que a cada dois minutos, quatro mil pessoas chegavam para se juntar ao protesto na Avenida Paulista. A estação Trianon-Masp, inclusive, que fica na região onde os manifestantes estão concentrados, foi fechada por excesso de usuários.
No Rio de Janeiro, cerca de 15 mil pessoas participaram de um protesto na Avenida Atlântica, em Copacabana. Também houve manifestação em frente à igreja da Candelária, no centro da cidade. O comando local da Polícia Militar não quis fazer uma estimativa da quantidade de pessoas no local. Entre os presentes, vários seguravam cartazes contra a presidente Dilma e o PT.
Em Belo Horizonte, o número de manifestantes na Praça da Liberdade foi estimado pela PM em 24 mil. O movimento começou em frente ao Palácio da Liberdade, sede simbólica do governo de Minas Gerais, comandado pelo governador Fernando Pimentel (PT). O protesto rumou para a Praça Savassi, onde estima-se que havia 25 mil pessoas. Em Porto Alegre, cerca de 30 mil pessoas se reuniram no parque Moinhos de Vento, onde também foi pedido o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Aécio não participa
O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e candidato derrotado no segundo turno das últimas eleições presidenciais, passou o domingo em seu apartamento na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, no Rio de Janeiro, mas não participou do protesto em Copacabana, a poucos quilômetros de distância. Aécio foi visto na janela do apartamento vestindo uma camisa amarela da seleção brasileira e falando ao telefone.
Protesto também em Nova York
Com gritos de "Fora PT, leva a Dilma com você", cerca de cem pessoas protestaram neste domingo, em Nova York, contra o governo de Dilma Rousseff. A manifestação durou uma hora e meia e atraiu principalmente brasileiros que moram nos Estados Unidos além de alguns estudantes e turistas que visitam a cidade.
Os manifestantes, que se reuniram na Union Square, cantaram o hino nacional e seguravam placas com alguns pedidos como o impeachment de Dilma, intervenção militar e fim da corrupção.
A manifestação em Nova York teve até um princípio de confusão, quando uma militante do PSOL que passava pela rua gritou que defendia a democracia. Quando foi abordada por jornalistas, ela foi hostilizada por algumas pessoas que protestavam. Um dos manifestantes gritou "vai para Cuba".
Fonte: Estadão Conteúdo