Com ventos de 270 quilômetros por hora, o ciclone deixou um rastro de destruição no sábado. O governo de Vanuatu declarou situação de emergência nacional, e Austrália e Nova Zelândia enviaram suprimentos.
Duas mortes foram confirmadas na capital, Port Vila, com outros 20 feridos, disse Paolo Malatu, coordenador do Escritório Nacional de Gestão de Desastres. Mais cedo, Chloe Morrison, oficial de comunicações de emergência da organização internacional de ajuda humanitária World Vision, disse que o gabinete de resposta a desastres de Vanuatu havia informado à entidade pelo menos oito mortes. Ela afirmou também ter ouvido relatos de aldeias inteiras devastadas em áreas mais remotas.
A confusão sobre o número de mortes se deve em grande parte a um apagão de comunicações quase total em todo o país. Com linhas de alimentação e circuitos de telefone fora do ar, os funcionários da capital não tinham como saber a dimensão do prejuízo nas ilhas mais distantes, que foram atingidas com mais força pela tempestade. "Nós não temos conseguido nos comunicar com locais fora de Port Vila", disse Malatu. "Neste momento, os danos são graves e não temos números de quantas casas foram destruídas."
O presidente de Vanuatu, Baldwin Lonsdale, apelou por suporte international. Ele disse que as autoridades teriam uma ideia melhor da extensão dos danos e das vítimas nas ilhas mais afastadas quando elas forem alcançadas na segunda-feira. "No entanto, posso dizer por experiência que haverá danos graves a escolas, centros de saúde, estradas e serviços públicos", disse o presidente, em comunicado, afirmando que o ciclone foi uma "grande calamidade para o nosso país".
fonte: Estadão Conteudo