Contatado em exclusividade pela Sputnik International, o presidente do Paquistão, Mamnoon Hussain insistiu que o seu país não apoia as medidas que os aliados ocidentais tomam supostamente para proteger a região da atuação terrorista do Estado Islâmico (EI):
"O Paquistão sempre insistiu que os ataques de drones são uma violação da sua soberania, integridade territorial e legislação internacional. Eles são inclusive contraproducentes, alimentam sentimentos antiamericanos no Paquistão e nutrem ainda mais o terrorismo. Nós exortamos ao fim dos ataques de drones, porque com a nossa ação decisiva contra o terrorismo em curso, esses ataques ´são desnecessários".
Contudo, o presidente paquistanês qualificou as relações do seu país com os EUA como "um elemento importante da política externa do Paquistão" e afirma que "estão em uma trajetória positiva".
Mas "o Paquistão não fará parte da coalizão de Estados interessados em combater contra o EI", declara Hussain. Em vez disso, pretende "só apoiar uma ação multilateral, de acordo com a letra e o espírito das resoluções 2170 (2014) e 2178 (2014) do Conselho de Segurança da ONU".