A informação foi anunciada pelo líder do partido “Bloco de oposição” Yuri Boiko, que justificou o possível pedido de troca do gabinete com o colapso da economia do país e a deterioração do bem-estar dos cidadãos ucranianos.
“Acreditamos que cada novo dia de permanência da atual formação do governo no poder representa o roubo de praticamente todos os habitantes do país. Portanto, ou a coalisão deverá assumir a responsabilidade política de cobrar o governo, ou iremos formular e apresentar um pedido de demissão do governo e do primeiro-ministro pelo total colapso da situação econômica do país” – escreveu a agência RIA Novosti citando declaração de Yuri Boyko.
Ucrânia vive uma grande crise política, que reflete em sua economia e no orçamento. À beira da moratória e na esperança de estabilizar a situação através de contração de dívidas externas, Kiev negociou com o FMI a ampliação dos programas de ajuda financeira. Um novo programa de crédito de U$17,5 bilhões foi aprovado na semana passada. O país receberá de imediato US$ 5 bilhões, sendo US$ 2,7 bilhões destinados a dar suporte ao orçamento.
O financiamento faz parte de um acordo para evitar que a economia ucraniana entre em colapso em meio ao conflito com separatistas no leste do país. O programa de crédito estendido, que terá duração de quatro anos, tem o intuito de fornecer estabilização imediata à economia, em conjunto com uma série de medidas de reforma econômica, para restabelecer um crescimento robusto no médio prazo e melhorar os padrões de vida do povo ucraniano.