A chuva que atingiu São Paulo nesta quinta-feira provocou uma enxurrada que arrastou duas pessoas, fez dois córregos transbordarem, causou número recorde de pontos de alagamento do ano e afetou as operações do Aeroporto de Congonhas por uma hora. Somente uma das vítimas da correnteza havia sido resgatada até as 20h30 de hoje.
A cidade alcançou 40 pontos de alagamento. Desses, 33 eram intransitáveis. Por causa dos bloqueios, o trânsito ficou acima da média às 16 horas mas após uma hora já havia voltado ao índice habitual. Uma casa na Rua Engenheiro Saturnino de Brito, na zona sul, desabou e atingiu um morador na perna e nas costas.
Na zona leste, uma pessoa foi arrastada pela enxurrada para dentro do Córrego Aricanduva. Oito equipes do Corpo de Bombeiros além do helicóptero Águia da Polícia Militar, foram mobilizados e conseguiram resgatar a vítima com vida. Por causa da falta de visibilidade, o Aeroporto de Congonhas fechou para pousos às 14h45 e para decolagens às 15h. As operações voltaram ao normal às 15h43.
Em Taboão da Serra, na região metropolitana, carros foram arrastados para dentro do Córrego Poá e ao menos cinco pessoas ilhadas foram resgatadas por helicópteros Águia.
A Prefeitura de Taboão explicou que decretará estado de emergência por causa da intensidade da chuva. “Em apenas 30 minutos caíram 68 milímetros, algo considerado muito alto e alarmante, uma vez que o normal é chover 100 mm em três dias”, informou a administração municipal em nota. Até as 21 horas, a estimativa era que 200 a 300 casas tinham sido afetadas pela chuva.
Dez casas e uma escola de educação infantil foram interditadas pela Defesa Civil em Itapetininga, no interior do Estado, depois que as chuvas causaram o deslizamento de um aterro no acesso da Rodovia Raposo Tavares. Onze famílias foram removidas para um abrigo improvisado em uma escola.
fonte: Estadão Conteudo