A reunião a portas fechadas, iniciada pela Lituânia, foi assistida por Mustafa Dzhemilev, membro do Parlamento ucraniano e ex-chefe da comunidade de tártaros da Crimeia.
A missão permanente da Rússia na ONU classificou o evento como "contraproducente e provocador", assegurando que a delegação russa não tomaria parte nele e acrescentando que as delegações de vários outros países também não o fariam.
A enviada da Lituânia na ONU, Raimonda Murmokaite, confirmou a jornalistas que os representantes dos quatro países de fato não compareceram à reunião. A diplomata também criticou as autoridades russas, dizendo que elas só dariam atenção às violações dos direitos humanos cometidas pelas forças de Kiev. Segundo ela, violações também foram relatadas nas áreas controladas por grupos armados no leste da Ucrânia, bem como na Crimeia.
No início de março, o enviado da Rússia nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, disse que Moscou não iria discutir a questão da Crimeia na qualidade de membro do Conselho de Segurança, na medida em que a península é assunto federal da Rússia. Na ocasião, o diplomata lembrou que uma recente pesquisa de opinião realizada por um instituto alemão mostrou que 93% dos cidadãos da Crimeia disseram apoiar a reunificação com a Rússia. "Nós não precisamos provar nada", disse Churkin.
A Crimeia e a cidade de Sebastopol adotaram declarações de independência em 11 de março de 2014. Cinco dias depois, realizaram um referendo no qual 96,77% dos habitantes da Crimeia e 95,6% dos eleitores de Sebastopol escolheram se separar da Ucrânia e se juntar à Rússia. O presidente russo, Vladimir Putin, assinou os acordos de reunificação em 18 de março do mesmo ano.