Gregg Easterbrook é de opinião que a Marinha de Guerra chinesa não é capaz de enfrentar a sua congênere norte-americana, uma vez que a China não possui uma dezena de porta-aviões atômicos e está bastante atrasada no que toca às tecnologias de construção de submarinos atômicos. A Marinha chinesa é mais fraca do que a Americana quanto ao poderio de fogo e quanto às possibilidades das forças de fuzileiros navais. Mas esta característica não é apenas própria da China. Na opinião do autor, a competição naval dos vários países na prática terminou após a Segunda Guerra Mundial. Hoje em dia, é impossível para qualquer país vencer a Marinha norte-americana.
É muito estranho afirmar que a rivalidade nos oceanos terminou com a destruição da frota japonesa em 1945. Na realidade, em uma-duas décadas, desde o fim dos anos 1950 até ao princípio dos anos 1970, a URSS criou uma poderosa Marinha de Guerra, que se tornou um fator importante no equilíbrio de forças durante a Guerra Fria.
As possíveis batalhas navais importantes para a China decorrerão próximo das suas costas, onde Pequim pode utilizar melhor as suas vantagens como, por exemplo, o seu significativo arsenal de mísseis balísticos e de cruzeiro, bem como os seus modernos submarinos diesel-elétricos.
O problema, no entanto, consiste no seguinte: mesmo que o Governo estadunidense aumente o financiamento da Marinha, isso só alterará a correlação de forças de forma temporária. O PIB e o orçamento militar da China crescem mais depressa que nos EUA. Os Estados Unidos continuam se dispersando por várias regiões do globo. Os aliados dos EUA, por exemplo, na Europa Ocidental, apostam na defesa norte-americana, não tencionando eles próprios aumentar radicalmente os seus orçamentos militares.