“Nós saudamos a criação do AIIB. Acreditamos que a China tem razões suficientes para criar uma instituição financeira multilateral. Eu gostaria muito que o FMI também pudesse financiar a construção de infraestruturas, mas o FMI tem outras funções. Por isso, estamos ansiosos para cooperar com o AIIB”, disse Lagarde.
O AIIB foi criado em 2014 por iniciativa da China. O objetivo do banco é o financiamento de projetos de infraestrutura na região da Ásia-Pacífico. O capital autorizado do banco é 50 bilhões de dólares.
Mas especialistas acreditam que os EUA no futuro próximo poderão reconsiderar sua atitude em relação ao Banco Asiático e participar na nova estrutura para fazer diminuir a influência chinesa na região. Oferecendo financiamento de grandes projetos de infraestrutura nas ex-repúblicas soviéticas e nos países do Sudeste da Ásia, a China tem a oportunidade de reforçar a sua influência política na região da Ásia-Pacífico e de se expandir economicamente neste vasto território, disse o estrategista de investimentos da empresa InvestProfit, Sergei Korobkov. Ao mesmo tempo, o FMI e o Banco Mundial permanecerão jogadores importantes na distribuição de recursos de crédito no mercado mundial.
Muitos acreditam que o AIIB é um potencial concorrente do Banco Mundial, dominado pelos EUA e o Japão. Em resposta, Christine Lagarde disse que entre o FMI e o novo banco há mais espaço para a cooperação do que para a competição.
Atualmente apenas os Estados Unidos e o Japão continuam tendo uma atitude negativa em relação ao AIIB. A Coreia do Sul está pensando. Mas se os EUA, como disse na terça-feira a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, não pretendem alterar a sua posição, a situação do Japão não é tão clara.