Yassin disse nesta quarta-feira, 25, à emissora de televisão Al-Arabiya, de Dubai, que o Iêmen havia pedido aos países árabes — especialmente as nações sunitas ricas em petróleo do Golfo Pérsico — que enviem forças aéreas e navais para conter os rebeldes xiitas, conhecidos como houthis.
O ministro acusa os houthis de abrirem caminho para a tomada iraniana do Iêmen. Os rebeldes negam ter ligações com Teerã.
As declarações do ministro foram feitas horas depois de o presidente iemenita Abed Rabbo Mansour Hadi ter fugido de seu palácio em Áden, onde estava desde que deixou a prisão domiciliar em Sanaa, para um local desconhecido. Os rebeldes ofereceram uma recompensa em dinheiro pela captura do presidente.
Hadi fugiu horas depois de a emissora de televisão dos rebeldes ter informado a tomada da maior base aérea do país. Esta base fica a apenas 60 quilômetros de Áden, a cidade portuária onde Hadi havia estabelecido a capital temporária do Iêmen.
Funcionários da presidência disseram que Hadi está numa sala de operações supervisionando a resposta de suas forças. As fontes, que falaram em condição de anonimato, negaram-se a informar a localização da instalação.
O avanço dos rebeldes xiitas ameaça jogar o país árabe mais pobre do mundo numa guerra civil que pode atrair vizinhos do Golfo. Hadi já pediu que a Organização das Nações Unidas autorize uma intervenção militar no país.
A televisão estatal iemenita, controlada pelos houthis, ofereceu US$ 100 mil pela captura de Hadi. Autoridades disseram que o ministro da Defesa, major-general Mahmoud al-Subaihi e seu principal auxiliar foram detidos na cidade de Lahj, no sul, onde havia confrontos com forças houthis. Os dois teriam sido transferidos para Sanaa.
fonte: Estadão Conteúdo