De acordo com o promotor de Marselha Brice Robin, o copiloto do Airbus A320 não deixou o comandante do avião voltar à cabine.
Comentando a gravação das caixas-pretas, o promotor disse que o copiloto, dentro da cabine, estava vivo e respirando até o momento em que a aeronave bateu nas montanhas. De modo que a queda pode ter sido consequência de ações deliberadas dele, que tomou o controle do avião até conduzi-lo à colisão. Só nos últimos minutos da gravação ouvem-se gritos dos passageiros, informou Robin.
"A interpretação mais correta, mais parecida com a verdade para nós é que o copiloto, por uma abstenção voluntária, recusou-se a abrir a porta da cabine de pilotagem ao comandante do voo e acionou o botão que iniciou o processo da perda de altitude", disse o promotor, citado pela Sputnik France.
O promotor não divulgou nada sobre o perfil psicológico ou religioso do copiloto. A AFP informa, citando a Lufthansa, que Andreas Lubitz, de nacionalidade alemã, foi contratado em setembro de 2013 e tinha 630 horas de voo.
O chefe da empresa Germanwings, Thomas Winkelman, confirmou esta versão, segundo a mídia.
BREAKING NEWS: The Germanwings plane was crashed on purpose. — Germanwings CEO
— Breaking News Feed (@PzFeed) 26 Март 2015
O ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, confirmou que "de acordo com informações atuais… não existem indícios de que ele [o copiloto Lubitz] tinha qualquer antecedente terrorista". Ele afirmou que a Lufthansa também não descobriu nada a respeito em suas verificações regulares de segurança com o copiloto.
A tripulação também passou por verificação sobre conexões com terrorismo e outras questões de segurança. O resultado "foi negativo para todos eles", afirmou Maizière.