Pela primeira vez na história da Nigéria, uma mulher concorre à presidência. No entanto, a disputa deverá ser polarizada entre o atual presidente, Goodluck Jonathan, e o ex-General Muhammadu Buhari, que já governou o país à frente de uma junta militar entre 1983 e 1985.
O candidato à reeleição vem sofrendo críticas por não conseguir conter as ações do grupo terrorista Boko Haram e também por escândalos envolvendo o setor de petróleo. Ele assumiu o país em 2011 – até então era o vice-presidente – depois da morte de Umaru Yar’Adua.
Já Buhari fracassou por três vezes na tentativa de se tornar líder do executivo pelo voto. No entanto, o muçulmano da etnia fulani acredita agora na força de sua fama de incorruptível para ser eleito.
A maior preocupação das autoridades do país é quanto a possíveis investidas do Boko Haram no dia das eleições. Foi por causa do temor ao grupo terrorista, aliás, que o pleito foi adiado por seis semanas. Nos últimos seis anos, a organização já matou mais de 13 mil pessoas.
Sétimo país mais povoado do mundo, com 170 milhões de habitantes, a Nigéria possui mais de 200 tribos. A posse do novo presidente acontecerá no dia 29 de maio.