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Greve de garis continua e lixo acumula em cidades da Grande São Paulo

© Fernando Frazão/ Agência BrasilLixo acumulado nas ruas
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Com a greve dos garis, que já dura três dias, o lixo continua se acumulando em cidades da Grande São Paulo e do ABC paulista. A categoria pede aumento salarial de 11,73%, mas o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur) oferece 7,68% de reajuste.

Em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o sindicato patronal informou que os trabalhadores estão descumprindo a liminar que determina que 70% dos serviços de limpeza pública, coleta domiciliar e varrição de ruas devem ser mantidos. Em caso de descumprimento, a multa chega a R$ 100 mil por dia.

O presidente do Sindicato dos Empregados de Prestadoras de Serviços de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Manutenção de Áreas Verdes Públicas e Privadas do ABC (Siemaco), Roberto Alves, assegurou que a liminar está sendo cumprida, afirmando que a organização que “jamais descumpriria uma decisão judicial” e alegando que, na avaliação do sindicato, “permanecem parados entre 25% e 30% da categoria”.

Na audiência da última terça-feira (24), a Selur rejeitou, pela segunda vez, a sugestão do desembargador Wilson Fernandes, de reajuste de 9,5%. Por meio de nota, o TRT informou que não há previsão de uma nova reunião de conciliação.

O sindicato patronal encaminhou à Justiça uma lista com os nomes das localidades onde a liminar estaria sendo descumprida. “Hoje (26) e amanhã (27), o oficial de justiça irá aos locais indicados para verificar se a afirmação é verdadeira. Assim que houver um resultado, possivelmente na segunda-feira (30), o desembargador vai deliberar”, acrescentou a nota do TRT.

Segundo o presidente do Siemaco, os trabalhadores farão nova assembleia somente quando houver nova proposta. “Aceitar 9,5% será uma decisão da assembleia. Qualquer proposta terá de ser passada para decisão dos trabalhadores”, ressaltou.

As cidades começam a sentir os reflexos da falta do serviço. De acordo com a Federação de Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo, 130 municípios são afetados pela paralisação. Entre as cidades em situação crítica estão as da região do ABC (exceto Rio Grande da Serra e São Bernardo do Campo), Piracicaba, Taboão da Serra, Guarulhos, Araçatuba, Osasco e Itanhaém.


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