Ativistas palestinos pedem atenção da comunidade internacional para crise em Gaza

© REUTERS / Ammar Awad Foreign activists and Palestinian protesters use a metal ramp to cross over a section of the controversial Israeli barrier during a protest over tension in Jerusalem, near the Israeli Qalandia checkpoint between the West Bank city of Ramallah and Jerusalem
Foreign activists and Palestinian protesters use a metal ramp to cross over a section of the controversial Israeli barrier during a protest over tension in Jerusalem, near the Israeli Qalandia checkpoint between the West Bank city of Ramallah and Jerusalem - Sputnik Brasil
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Palestinos aproveitam os cinco dias do Fórum Social Mundial, na Tunísia, para chamar a atenção da comunidade internacional para as precárias condições de vida na Faixa de Gaza.

Além de promover debates sobre temas como refugiados, prisioneiros políticos e ocupação dos territórios, eles montaram tendas e distribuem panfletos para mobilizar delegações de outros países sobre a crise vivida pelo povo palestino.

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O diretor da rede de organizações não governamentais da Palestina, Amjad Shawa, citado pela Agência Brasil, mora em Gaza e foi um dos poucos que conseguiram sair do território para participar do fórum. Ele contou que cerca de 100 pessoas de Gaza queriam ir a Túnis, mas não conseguiram permissão de Israel.

Shawa relatou que a situação está dramática em Gaza após três guerras com Israel em menos de seis anos.

“A guerra israelense em Gaza acabou com grande parte da infraestrutura, cerca de 120 mil casas foram total ou parcialmente destruídas, 18 hospitais foram destruídos e 150 escolas foram danificadas. Aproximadamente 2,2 mil pessoas foram mortas na última guerra no ano passado, mais 2 mil foram feridas. Israel continua impondo seu bloqueio, impedindo que os suprimentos básicos entrem em Gaza. Não podemos consertar os estragos provocados pelas guerras. Gaza está sofrendo as piores condições humanitárias, com insegurança alimentar, dificuldade de acesso à água potável, pobreza e desemprego”, afirmou ele.

Apesar da ajuda de organizações internacionais, Amjad Shawa destacou que os palestinos precisam do fim do bloqueio para viver livremente. “Estamos aqui para lembrar que aproximadamente 2 milhões de pessoas vivem na maior prisão do mundo em Gaza, uma das áreas mais populosas do planeta. É muito pequena e superlotada”. Segundo ele, cerca de 20 mil pessoas estão vivendo em escolas e abrigos.


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