“Na Ucrânia tudo é possível. Sobretudo um novo Maidan. As pessoas têm dignidade. E quando elas estão fartas, saem para o Maidan”, manifestou Yarosh.
Maidan, além de ser a praça principal de Kiev, passou a significar também o próprio golpe de Estado ocorrido na Ucrânia.
Ele tem certeza que, se acontecer um novo Maidan, será mais sangrento que o precedente.
“Com certeza o novo será muito… diferente, digamos. As pessoas têm tantas armas nas mãos que ninguém ficará em barracas durante um mês ou dois, cantando e agitando lanternas. E isto é algo que nós não queremos”, frisou.
Yarosh confessou que se vê obrigado a convencer alguns membros da organização de que, na situação atual, um novo Maidan pode resultar em perda do Estado ucraniano.
“Temos rapazes radicais que já gritam: vamos fazer isto agora! Especialmente a juventude que sentiu este espírito de liberdade – e agora estão prontos a assaltar já amanhã a Suprema Rada e a administração presidencial e tirar todos fora dali. Tentamos explicar-lhes que assim vamos perder o Estado”, manifestou.
O Setor de Direita é uma união de organizações nacionalistas de extrema direita. Em janeiro e fevereiro de 2014, os combatentes do movimento participaram em confrontos com a polícia e no assalto a edifícios administrativos em Kiev. Depois de abril, participaram no esmagamento dos protestos no leste da Ucrânia, ao lado do exército ucraniano. Em março de 2014, o movimento foi transformado em partido político, liderado por Dmitry Yarosh, mantendo ao mesmo tempo o seu braço armado. A atividade do Setor de Direita é proibida na Rússia.