Em 2014 os cinco maiores países-executores foram o Irã (pelo menos 289), Arábia Saudita (pelo menos 90), Iraque (pelo menos 61), EUA (35) e Sudão (pelo menos 21). A China foi excluída da lista porque o número de execuções naquele país permanece segredo de Estado.
“É uma vergonha que tantos países no mundo brinquem com as vidas das pessoas, executando-as por ‘terrorismo’ ou numa tentativa de lidar com a instabilidade interna…”, manifestou o secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Shetty.
Elisabeth Loefgren da sede sueca da Anistia Internacional por sua parte disse que "os países nos quais a pena de morte ainda é autorizada devem usá-la somente para crimes muito graves como, por exemplo, assassinatos".
O mais curioso é a presença dos EUA nesta lista duvidosa. O autoproclamado líder do mundo democrático está entre os países como o Irã e a Arábia Saudita que são frequentemente criticados por violações de direitos humanos pela mídia e autoridades ocidentais.
Além disso, os EUA podem recomeçar a usar métodos obsoletos de execução — no dia 24 de março o governador do estado norte-americano de Utah, Gary Herbert, assinou uma lei que ressuscita os pelotões de fuzilamento como método alternativo de execução de pessoas condenadas à pena capital. A decisão foi tomada devido ao défice de injeções letais no país. Porém, o governador frisou que a injeção letal permanecerá o método preferido, mas “devemos ter uma possibilidade de recuo”.
Deve-se notar que pelotão de fuzilamento é um método de execução raramente usado nos EUA desde o fim da Guerra Civil, mas todos os poucos casos foram registrados em Utah. O estado eliminou a execução por um pelotão de fuzilamento em 2004, porém as pessoas condenadas à pena capital antes de 2004 tinham a possibilidade de escolher este método (o último caso aconteceu em 2010). A possibilidade de restauração de uso de pelotões de fuzilamento já gerou críticas nos EUA.
“Nunca voltarei a Utah para fazer esqui alpino se este método bárbaro de execução for usado de novo no vosso estado [Utah]”, escreveu um residente do estado de Seattle.