Houthis tomam palácio presidencial em Áden

© AFP 2023 / SALEH AL-OBEIDISoldados houthis em um ponto de controle na cidade de Áden, no Iêmen
Soldados houthis em um ponto de controle na cidade de Áden, no Iêmen - Sputnik Brasil
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Os rebeldes houthis do Iêmen e seus aliados abriram caminho pelo centro comercial de Áden, nesta quinta-feira, e tomaram o palácio presidencial da cidade portuária, localizada numa colina estratégica, informaram autoridades.

A tomada das instalações representa um grande golpe para a coalizão liderada pela Arábia Saudita, que tem realizado ataques aéreos há uma semana em todo o território iemenita, incluindo a capital Sanaa, com o objetivo de conter o avanço dos rebeldes, conhecidos como houthis.

O palácio Maasheeq, um conjunto de moradias coloniais no topo de uma colina rochosa que se projeta para o Mar Adriático, foi a última moradia do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi antes de ele fugir para a Arábia Saudita, no mês passado, por causa do avanço houthi. Ainda havia combates na noite desta quinta-feira entre forças ligadas a Hadi e rebeldes na cidade portuária.

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A tomada do palácio aconteceu apenas horas depois de militantes da Al-Qaeda terem capturado a cidade costeira de Mukalla, outro porto importante a leste de Áden.

Durante a ação, militantes da Al-Qaeda libertaram 300 detentos de uma prisão local, dentre eles vários militantes, segundo autoridades de segurança, que falaram em condição de anonimato. Dentre as pessoas libertadas está Khaled Baterfi, graduado operador da Al-Qaeda, que estava preso desde 2011.

Os militantes se espalharam pelas principais estradas que dão acesso a Mukalla, a capital da província de Hadramawt. Confrontos esporádicos ainda eram registrados na cidade. Porém, a província ainda está majoritariamente nas mãos de forças do governos leais a Hadi.

A campanha saudita tem atacado os houthis e seus aliados, que são forças leais ao antecessor de Hadi, o presidente deposto Ali Abdullah Saleh. Nos últimos dois dias, os ataques aéreos se concentraram em Áden, com o bombardeio de forças ligadas a Saleh que se aproximavam da cidade pelo leste e pelo norte.

A hipótese era que se Áden não caísse nas mãos dos rebeldes, Hadi poderia voltar em algum momento para o país pelo porto.

fonte: Estadão Conteúdo

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