“Israel exige que qualquer acordo final com o Irã inclua um reconhecimento iraniano claro e inequívoco do direito à existência de Israel”, informa o comunicado oficial, divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro.
O primeiro-ministro também defendeu a necessidade de aumentar a pressão sobre o Irã para obtenção de compromisso melhor, do que o conseguido no acordo firmado na quinta-feira, dia 2 de abril.
“Israel não aceitará um acordo que permite a um país que promete destruir-nos desenvolver armas nucleares”, declarou.
Netanyahu se manifestou após ter consultado seus principais ministros em reunião do seu gabinete de segurança. Segundo o primeiro-ministro israelense, o acordo obtido em Lausana, na Suíça, representa um “grave perigo” porque não obriga o Irã a fechar instalações ou a destruir centrifugadoras, nem a parar a pesquisa sobre centrifugadoras avançadas.
O acordo com o Irã foi obtido pelo grupo 5+1, formado pela Alemanha e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, China, França, Rússia e Reino Unido). O trato prevê que o Irã mantenha um programa nuclear reduzido e sob controle, em troca de apoio econômico e político. Israel é atualmente considerada a única potência nuclear do Oriente Médio. O país não assinou o tratado sobre a não-proliferação das armas nucleares, informou Agência Brasil.