Um dos cartolas que pede investigação é Ali bin al Hussein, príncipe jordaniano que concorre à eleição e é vice-presidente da FIFA atualmente. Segundo ele, não houve nem um processo de licitação e nem mesmo um debate no Comitê Executivo da entidade.
A Fox pagou mais de US$ 450 milhões para ter os direitos para a Copa de 2018 e 2022. Mas a suspeita é de que a ampliação do contrato milionário foi dado para a rede norte-americana como uma compensação pela mudança no calendário mundial com o Copa no Qatar.
Por conta do calor no país, a Copa de 2022 será disputada entre novembro e dezembro. Mas, para a empresa norte-americana, isso coincidirá com jogos decisivos da NFL, a liga de futebol dos EUA.
“Quando você compra a Copa do Mundo, você pensa que ela vai acontecer no mesmo período que ela sempre foi realizada”, declarou em 2014 o presidente da Fox Sport, Eric Shanks, que lembrou que nos EUA a concorrência por audiência é muito grande.
Para Ali, porém, a FIFA pode ter perdido “milhões de dólares” com a decisão unilateral. “Estou avaliando os detalhes e tentando entender o que aconteceu”, contou. O contrato original foi fechado em 2011, quando ele ainda não era membro da entidade. “Estamos falando de muito dinheiro que pode ter sido perdido”, alertou.
Ele não é o único a atacar. O presidente da Federação de Futebol da Holanda e também candidato à presidente da Fifa, Michael van Praag, qualificou a ampliação do contrato como “muito estranha”.
A Copa de 2026 ainda não tem uma sede. Mas os favoritos são os norte-americanos, onde o futebol ganhou uma nova dimensão na Copa de 2014 e com uma audiência que bateu todos os recordes.
Estadão Conteúdo