Segundo Kemfert, a Rússia sempre foi um fornecedor seguro. Agora a Europa precisa reagir à crise atual e pretende adotar medidas concretas. Por um lado, será adotada a estratégia de diversificação. Isso significa que, no futuro, a Europa pretende consumir gás de diversos países. Por outro lado, está sendo desenvolvido o trabalho de fortalecimento das próprias bases energéticas, através das novas fontes de energia e da economia.
A Rússia, sob uma perspectiva global, continua sendo um importante exportador de energia para além da Europa. Ela também tenta uma estratégia de diversificação. Nesse contexto, é importante mencionar a Ásia. Gasodutos e oleodutos para a China estão em fase de planejamento. Além disso, a Rússia está visando aumentar o seu papel no mercado internacional através do aumento de produção de gás líquido. Terminais para esse tipo de gás, aliás, que a Europa está construindo na Itália, Espanha, Holanda e países bálticos. Essa tendência deverá ser mantida no futuro.
Quando perguntada sobre a atual negociação da Rússia, Ucrânia e UE, a alemã disse que Kiev estaria blefando, ao afirmar que não precisa de gás russo. Abandonar o gás russo, a curto prazo, seria simplesmente impossível. Cada lado da negociação está defendendo o seu ponto de vista, mas um acordo deve ser celebrado no final. Neste momento, com o verão chegando na Europa, as negociações não estão muito acaloradas, pois a necessidade por gás fica mais urgente somente no inverno. De qualquer maneira, Kemfert disse acreditar em um possível acordo satisfatório para todas as partes no dia 14 de abril, durante a próxima reunião sobre o tema em Bruxelas.