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Polícia Federal celebra números contra o narcotráfico e a corrupção no Brasil

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O Balanço das Operações Especiais da Polícia Federal realizadas em 2014 registrou um número recorde: foram 390. A PF definiu como prioridade nessas operações o combate à corrupção e aos crimes financeiros e a desarticulação de organizações criminosas e crimes na região de fronteira, como o tráfico de drogas e de armas.

Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, os números são impactantes e mostram a determinação da corporação, desmentindo as acusações de “sucateamento” da Polícia Federal. “Os números do relatório falam por si. Muitas vezes, eu respondi a algumas questões em que se falava que a Polícia Federal não vinha tendo o desempenho que deveria ter, que não estávamos atuando como deveríamos, que havia um processo de sucateamento. Os números mostram exatamente o oposto.”

A Polícia Federal também divulgou um recorde no número de prisões, contabilizando, em 2014, 3.769 detenções, entre preventivas, temporárias e em flagrante, além de conduções coercitivas para prestar esclarecimento durante as investigações. Os policiais federais prenderam 163 servidores públicos. Foram 54 operações de combate ao desvio de recursos públicos e 31 de repressão a crimes financeiros.

A Polícia Federal acredita que o resultado positivo durante os trabalhos é atribuído à criação de unidades especializadas, como o Serviço de Repressão a Desvio de Recursos Públicos, com delegacias específicas nos Estados, além da capacitação permanente de policiais e desenvolvimento de processos investigativos.

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O ministro da Justiça lembrou ainda que a Polícia Federal tem um papel decisivo no combate à corrupção e contra o narcotráfico. "Polícia tem que ter autonomia operacional. O ministro deve garantir essa autonomia, garantir recursos e nomear pessoas que atuem com liberdade e cumprindo o papel da Polícia Judiciária.”

Durante a apresentação do relatório, na sede da Polícia Federal, em Brasília, o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF, Delegado Oslain Campos Santana, explicou ainda a importante parceria internacional com o Peru e o Paraguai no combate ao narcotráfico, impedindo que a droga chegue ao Brasil. “No sentido da cooperação internacional, é uma política muito mais inteligente. Nós cooperamos com os países amigos no tocante ao combate ao tráfico nesses países. Nós prestamos auxílio logístico a eles nas campanhas. Nós destruímos a droga lá antes de entrar em território nacional. No ano passado, conseguimos erradicar em conjunto com o Governo do Paraguai 5.899 toneladas de maconha, que, se processadas, viriam para o Brasil.”

Os crimes apurados em 2014 causaram um prejuízo de R$ 6,82 bilhões aos cofres públicos. No entanto, só em apreensão de bens e valores foram R$ 3,35 bilhões, e foi evitado um prejuízo de outros R$ 2,87 bilhões aos cofres públicos pelas ações da Polícia Federal.

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