“Na manhã do dia 7 de Abril, um RC-135U dos EUA, fazendo uma missão de rotina no espaço aéreo internacional, foi interceptado por um Su-27 russo de maneira não profissional e não segura. Os Estados Unidos informaram a Rússia sobre este incidente através de canais diplomáticos e oficiais apropriados”, disse a porta-voz do Pentágono em Washington.
Supostamente, o avião de reconhecimento norte-americano fazia a vigilância da atividade militar russa na região da Rússia ocidental e Kaliningrado.
Anteriormente o Ministério da Defesa da Rússia tinha repetidamente manifestado que todos os voos de aviões militares russos são efetuados em estrita conformidade com as regras internacionais de voo no espaço aéreo internacional e em zonas de águas neutrais, não violando as fronteiras de países terceiros.
Os oficiais da OTAN por sua vez queixaram-se do aumento da presença da aviação militar russa no espaço aéreo europeu, inclusive na região do mar Báltico.
O comandante da Força Aérea russa, coronel-general Viktor Bondarev negou as acusações, dizendo que são parte da propaganda para distrair a atenção pública do crescimento da atividade da OTAN na proximidade das fronteiras russas.
“Quanto ao incidente sobre o mar Báltico é preciso sublinhar um detalhe: a Rússia é um país báltico, ao contrário dos EUA”, acrescentou.
O referido avião de reconhecimento US RC-135U estava voando em direção à fronteira russa, com o transponder desligado, disse em Moscou o major-general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa, este sábado, acrescentando que aviões de reconhecimento norte-americanos devem voar apenas ao longo das fronteiras dos EUA e em nenhuma outra região. O Su-27 foi enviado para inspecionar o alvo. À medida que se aproximava do avião não identificado, o piloto russo voou à sua volta diversas vezes para se certificar que se tratava de um avião de reconhecimento US RC-135U, tendo informado o número da aeronave militar aos serviços de terra.