Em situações de conflito armado esta decisão pode levar a riscos internacionais em grande escala, opina o jornalista comentarista ucraniano Dmitry Mendeleev.
Mendeleev nota que o número de funcionários de estruturas de segurança privadas é o dobro de soldados das Forças Armadas. Ninguém sabe a quantidade de armas que eles têm, mas este número aumenta todos os dias porque os esforços de parar o fluxo de armas da zona de conflito continuam falhando.
“O problema pode se transformar em uma ameaça à segurança não só local ou regional mas sim nacional”, adverte Mendeleev.
A situação poderá piorar em três meses, quando a lei "Sobre o licenciamento de determinadas atividades" entrar em vigor, isentando de licenças a atividade para desenvolver, fabricar, modernizar, reparar e eliminar armas, equipamento militar, certos tipos de armas e munições. Como resultado, de acordo com o jornalista, a eliminação de munições poderá passar a ser feita "no porão de um prédio de apartamentos", e granadas poderão ser feitas em escritórios.
Segundo Mendeleev, quando a lei entrar em vigor, a Ucrânia enfrentará problemas bastante graves.
“Sem os poderes do Estado para regulamentar a criação e produção de artigos militares, será muito mais difícil para a Ucrânia cumprir as suas obrigações internacionais de controle de desenvolvimento e produção de vários tipos de armas”.