A parte russa no Arranjo Contingente de Reservas é de 18 bilhões de dólares. Ela é igual às partes do Brasil e da Índia. A África do Sul será o menor sócio, com 5 bilhões. Já a parte do capital da China é de 41 bilhões de dólares.
Segundo as previsões, um Conselho de Dirigentes irá administrar esta instituição, junto com um Comitê Permanente. O país que retenha a presidência rotativa do grupo (neste ano é a Rússia) realizará as funções de coordenação.
"O acordo sobre a criação do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS <…> demonstrou que os BRICS estão se tornando oficialmente um bloco internacional".
Existe até um "movimento à harmonia mundial", assegura Marinho:
"Esta tendência [da criação de instituições financeiras alternativas ao FMI e Banco Mundial] significa o início de um movimento à harmonia mundial, à coordenação, ao novo modo de pensar, o que, sem dúvida, irá fazer dos BRICS um bloco econômico muito forte. Vários dos países membros estão passando por uma crise econômica, mas nem por isso é diminuída a força que os BRICS dão a estes países. Eles vêem nos BRICS a possibilidade de ampliar o seu comércio internacional, de reforçar as suas relações mútuas, inclusive pelo uso de moedas locais para o comércio internacional".
Há quem receie que a China, com a sua parte esmagadora no Arranjo Contingente de Reservas, iria se tornar "ditador econômico" dos BRICS. Mas o doutor Marinho acredita que este medo não tem fundamento.
A Rússia foi o primeiro país do grupo em considerar seriamente a ratificação. Segundo Henrique Marinho, o Brasil pode assinar o documento correspondente durante a cúpula dos BRICS em Ufa, na Rússia.